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quarta-feira, 22 de abril de 2015

Artigo: "Audiolivro: um incentivo ao letramento literário na Educação Básica" - Bolsistas PIBID/FEUC - SUBPROJETO LETRAS-PORTUGUÊS

                                              Audiolivro: 
um incentivo ao letramento literário na Educação Básica


 


 Autora:
Michele Assunção da Silva (PIBID / P.A.A. / FEUC / FIC)
Micheleassuncao_profissa@yahoo.com.br
Co-autoras:
Anni De Angellis Mota da Cunha (PIBID / P.A.A. / FEUC / FIC)
anniangellis@gmail.com
Thársila Zanini Silva (PIBID / P.A.A. / FEUC / FIC)
tharsilacg@hotmail.com

Orientadores

Professora Doutora Arlene da Fonseca Figueira

Professor Mestre Erivelto da Silva Reis

                                         Resumo

 Considera-se letrado o indivíduo que sabe utilizar a literatura, aquele que faz uso da escrita e da leitura para se orientar no mundo, para descobrir alternativas e possibilidades, enfim, é aquele indivíduo que se apropria da escrita e de suas práticas sociais. Letramento, então, refere-se a um estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo, e, é partindo desse pressuposto que o audiolivro destina-se a  estimular o crescimento ou a formação de uma comunidade leitora nas escolas de Educação Básica. O letramento literário é o objetivo maior dessa nova ferramenta incentivadora.



Palavras-chave

Letramento; audiolivro; letramento literário.



  

Introdução

     O presente artigo tem o objetivo de mostrar a relevância dos audiolivros no processo de letramento literário dos alunos da Educação Básica. Os livros falados já eram conhecidos por serem utilizados no auxílio da leitura dos deficientes visuais, porém tem-se expandindo a sua funcionabilidade à pessoas que não possuem tempo para fazer uma leitura do livro impresso e até mesmo àquelas que apresentam algum tipo de dificuldade de leitura, como a dislexia. A inovação maior, é a utilização de audiolivros nas escolas, com o objetivo de tornar a leitura de obras literárias mais prazerosas e mais frequentes. O Projeto de Produção de Acervo em Áudio- PAA- PIBID das Faculdades Integradas Campo-grandenses (FIC), destina-se a transformar os audiolivros em um instrumento para incentivar os alunos da Educação Básica à eternizarem suas vozes narrando obras literárias em um CD. Desse modo, a leitura passa a ter mais personalidade e o dono da voz se envolve muito mais na história. Com isso, a comunidade de leitores tende a crescer cada vez mais.
    

O conceito de letramento

     Segundo Magda Soares, em seu livro Letramento: um tema em três gêneros, a palavra letramento é uma tradução para o português da palavra inglesa literacy que traduzindo seu significado é a condição de ser letrado, de dominar a leitura e a escrita, sendo assim, o estado ou condição daquele que não só sabe ler e escrever, mas também faz uso competente e frequênte da leitura e da escrita.
    Uma pessoa letrada tem uma condição social e cultural diferenciada, pois pensa diferente de uma pessoa analfabeta ou iletrada. Além disso, ser letrado dá ao indivíduo a capacidade de codificar e decodificar a língua escrita, assumindo esta como “propriedade” cultivando e exercendo as práticas sociais que usam a escrita.

Audiolivro como estímulo à leitura

     Os audiolivros são mais conhecidos no universo dos deficientes visuais, pois os auxiliam na leitura de livros, revistas, jornais, etc. O mercado de livros falados vem crescendo cada vez mais, e não em resposta a um número crescente de deficientes visuais, pelo contrário, leitores apressados, com vida agitada, pouco tempo ou suscetíveis à experiência sensorial das rádios e das telenovelas já se mostram ávidos a esse formato de livros, além daquelas que apresentam algum tipo de dificuldade de leitura, que também se mostram interessadas pelos mesmos.
     A leitura de obras literárias no formato de audiolivros já existe há mais de quarenta anos e teria começado com o Instituto Benjamin Constant com o objetivo de tornar a leitura acessível aos deficientes visuais. No referido instituto, as grafações dos audilivros eram realizadas sem marcas de interpretação dos ledores, pois os ouvintes não poderiam ser influenciados pela voz do outro, também não havia sonoplastia e os extrangeirismos eram devidamente soletrados
     Hoje, há uma nova proposta para a produção de acervos em áudio de obras literárias. O ledor pode incluir na sua voz marcas de sua interpretação, inclusive pode fazer uso de dramatizações, de modo que ajude a criar no ouvinte o ambiente da história e aproximando-o mais da narração. Essa nova proposta, está caindo no gosto de escolas regulares, com a intenção de estimular o gosto pela leitura dos alunos, tornando-os personagens de cada história e fazendo valer o sentimento de cada um a respeito do que é lido.

Letramento literário com auxílio do audiolivro

     Muitas crianças e jovens se mostram desestimulados com a leitura por estarem em uma convivência cultural com imagens e sons de uma forma muito intensa. Os livros impressos, muitas vezes, não são atrativos por possuírem muitas páginas, muitos textos e poucas imagens. Diante disso, algumas escolas de Educação Básica estão investindo em audiolivros para aumentarem a comunidade de leitores jovens, principalmente.
     Os livros falados estimulam muito mais a imaginação dos leitores, pois estes podem se envolver mais na história, através dos efeitos sonoros, da voz empolgante, ou triste do ledor. O mais interessante é que cada ledor vai dar uma personalidade diferente a uma mesma história, e isso é o que mais estimula e empolga o leitor.
     Com esse método dos livros falados, o professor torna a leitura um ato prazeroso e empolgante.

Conclusão

    Os livros falados, portanto, tem um papel fundamental no aumento de leitores de obras literárias, contribuindo assim, para o letramento literário. Um indivíduo letrado é aquele que faz uso da escrita e da leitura para descobrir a si mesmo pela leitura e pela escrita, é descobrir alternativas e possibilidades, é descobrir o que pode ser.

Referências Bibliográficas

     SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte. Autêntica, 2000.

     BATISTA, Antônio A. G., GALVÃO, Ana M. O. Leitura: práticas, impressos, letramentos. Belo Horizonte. Autêntica, 2005.

     www.ibc.gov.br





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